O atual prefeito de Correntina, Mariano, por meio da Controladoria Geral do Município, protocolou uma denúncia grave contra o ex-prefeito Nilson José Rodrigues, conhecido como Maguila. A representação foi encaminhada tanto ao Ministério Público de Contas dos Municípios da Bahia quanto ao Ministério Público Estadual.
Segundo o documento, a gestão anterior teria contratado, de forma irregular, uma operação de crédito no valor de R$ 3 milhões em 2020, sem a devida autorização legislativa. A operação foi firmada com a empresa CHINA GOLD BANK S.A., registrada apenas em fevereiro de 2020 — no entanto, o contrato teria sido assinado um ano antes, em 18 de fevereiro de 2019, em Brasília. A Controladoria considera esse detalhe como evidência de “nulidade absoluta do ajuste”, levantando suspeitas de possível montagem de documentos.
Além disso, a denúncia aponta que os recursos recebidos não passaram por controle orçamentário, foram depositados em contas sem rastreabilidade adequada e não há comprovação de sua aplicação nas obras de infraestrutura asfáltica, conforme declarado. Outro ponto alarmante é que a empresa contratada não possui autorização para operar como instituição financeira, o que viola a Constituição Federal, segundo a Controladoria.
Com o acréscimo de juros e encargos, o débito gerado até maio de 2025 já chega a R$ 5,2 milhões. Diante da gravidade dos fatos, o órgão solicita a instauração de inquérito civil para apuração das responsabilidades administrativas, cíveis e criminais do ex-prefeito e de demais envolvidos. Também foi solicitado o bloqueio de bens dos citados, como forma de garantir o ressarcimento ao erário.
Caso as irregularidades sejam comprovadas, os responsáveis poderão responder por improbidade administrativa e serem obrigados a devolver integralmente os valores aos cofres públicos.
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Correntina sob suspeita: ex-prefeito é acusado de firmar contrato milionário com empresa inexistente.
