Uma operação conjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Vigilância Sanitária Estadual e da Polícia Civil do Espírito Santo resultou na interdição de uma fábrica clandestina de suplementos alimentares e medicamentos fitoterápicos em Itapemirim, no litoral sul do estado. A ação ocorreu na última terça-feira, 19 de agosto, e faz parte do Programa de Fiscalização das Indústrias de Suplementos Alimentares.
🚨 Irregularidades graves
Durante a inspeção, os agentes identificaram um galpão clandestino operando sem qualquer autorização legal. No local, foram encontrados cerca de 500 quilos de produtos prontos para venda, além de insumos e cápsulas armazenados em condições higiênico-sanitárias precárias. Os suplementos e fitoterápicos não possuíam registro na Anvisa, o que representa um risco direto à saúde pública.
A gravidade da situação levou os fiscais a acionarem a polícia, já que havia indícios de crime contra a saúde pública — infração que pode resultar em prisão dos responsáveis.
🕵️♂️ Investigação em andamento
Apesar da operação, os proprietários da fábrica não foram localizados. Eles serão investigados por crimes contra a saúde pública e poderão responder também por infrações administrativas sanitárias. O relatório da inspeção será encaminhado ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia formal contra os envolvidos.
A Prefeitura de Itapemirim informou que o espaço foi lacrado e que todo o material apreendido será descartado conforme as normas do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
📉 Suplementos sob vigilância
A interdição da fábrica ocorre em meio a um cenário preocupante: entre 2020 e 2025, cerca de 63% dos processos de investigação sanitária abertos pela Anvisa envolveram suplementos alimentares. A agência tem intensificado a fiscalização e pretende ampliar o uso de inteligência artificial para identificar produtos irregulares, especialmente os comercializados pela internet.
Renata Ferreira, coordenadora de fiscalização da Anvisa, alertou que o setor lidera o ranking de denúncias por infrações sanitárias e que muitos produtos vendidos como naturais ou saudáveis não passam por controle de qualidade adequado.
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