A brutal execução da advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos, de 32 anos, chocou Minas Gerais e levantou questões sobre a segurança de profissionais do Direito. Antes de ser assassinada com 20 tiros na manhã de segunda-feira (22), no bairro Ermelinda, em Belo Horizonte, Kamila levava uma vida marcada por dedicação à carreira, envolvimento com a família e uma personalidade intensa que se refletia até nas redes sociais.
👩⚖️ Perfil Profissional
Kamila era formada pela Escola Superior Dom Helder Câmara, com pós-graduação em Direito Processual Civil pela Faculdade Líbano e mestranda em Direito pela FUNIBER. Atuava nas áreas de Direito Civil, Família, Trabalhista e Criminal. Ela se destacava pela condução de processos, atendimento ao cliente e participação ativa em audiências.
Além da advocacia, trabalhava com o namorado em uma distribuidora de bebidas, realizando entregas com uma Fiorino amarela — o mesmo veículo onde foi abordada e morta.
📱 Presença nas redes e declarações polêmicas
Nas redes sociais, Kamila se apresentava como uma mulher de fé e força. Em um vídeo que viralizou após sua morte, ela aparece dizendo estar “de guerra”, em tom ameaçador. A gravação, cuja data é incerta, gerou especulações sobre possíveis ameaças ou conflitos anteriores, embora não haja confirmação de relação direta com o crime.
⚖️ Casos delicados e julgamento iminente
No dia seguinte ao assassinato, estava marcado o julgamento de apelação de um cliente de Kamila, acusado de homicídio. Ela também defendia outro cliente condenado por tráfico de drogas. A proximidade com casos de alta periculosidade levanta suspeitas sobre possíveis motivações para o crime.
🔫 O crime
O ataque ocorreu por volta das 7h da manhã. Câmeras de segurança registraram o momento em que um carro prata se aproxima da Fiorino. Um homem desce do veículo, corre até Kamila e dispara diversas vezes, mesmo após ela cair no chão. Foram contabilizados pelo menos 20 disparos.
🚨 Investigações e hipóteses
A Polícia Civil e o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão à frente das investigações. Duas hipóteses são consideradas: vingança de um cliente insatisfeito ou envolvimento do ex-marido, que tem passagem pelo sistema prisional. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
🏛️ Repercussão e posicionamento da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG) classificou o crime como uma “afronta à classe e ao Estado Democrático de Direito”. O presidente da entidade, Gustavo Chalfun, defendeu medidas de segurança para advogados, incluindo o debate sobre porte de armas e a criminalização hedionda de ataques contra profissionais da advocacia.
A morte de Kamila Cristina não apenas interrompeu uma trajetória profissional promissora, mas também escancarou os riscos enfrentados por advogados que atuam em áreas sensíveis. O caso segue em investigação, e a sociedade aguarda respostas — e justiça.
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