A proximidade das eleições municipais em Correntina, no oeste baiano, trouxe à tona uma série de denúncias contra o prefeito Nilson Maguila, acusado pela oposição de usar a máquina pública para favorecer a candidatura de seu sobrinho, Jailto Pretinho. A polêmica gira em torno de um loteamento, batizado como “Jardim das Águas”, que estaria sendo usado como moeda de troca para angariar votos.

Segundo as denúncias, que foram formalizadas em duas ações populares movidas por cidadãos do município, a primeira por Eunice dos Santos, a segunda por JENIVALDO PEREIRA DOS SANTOS (Negão de satu), JEAN CARLOS PEREIRA DOS SANTOS (Jean da guarda), WESLEY CAMPOS AGUIAR ( Maradona) e outros membros da comunidade, o prefeito teria lançado um edital para leiloar 173 lotes por valores unitários de R$ 50 mil, sem a devida autorização do Poder Legislativo local. O objetivo, segundo os denunciantes, seria garantir apoio político em troca de lotes residenciais e comerciais, oferecendo um lote para quem garantisse 20 votos.

O mais alarmante é que essas denúncias são sustentadas por declarações registradas em cartório, onde cidadãos afirmam ter sido abordados pelo próprio prefeito, que lhes teria oferecido terrenos em troca de apoio político. As escrituras públicas anexadas às ações mostram claramente que o prefeito Nilson Maguila prometeu lotes específicos do loteamento Jardim das Águas a quem se comprometesse a apoiar a candidatura de seu sobrinho.

Essa situação levanta sérias preocupações sobre a integridade do processo eleitoral em Correntina. Se as alegações forem confirmadas, trata-se de um claro abuso de poder, onde bens públicos são utilizados para fins eleitorais pessoais, comprometendo a imparcialidade e a lisura das eleições. A alienação dos lotes, sem a devida autorização legislativa, também é uma grave violação dos princípios da administração pública.

Além disso, a conduta do prefeito pode ser vista como um ato desesperado para manter o controle político da cidade, manipulando o patrimônio municipal para assegurar a continuidade de sua influência através de seu sobrinho. Essa estratégia não só compromete a transparência do processo eleitoral, mas também desrespeita a vontade popular, colocando em xeque a democracia local.

Enquanto isso, cabe à sociedade civil e às instituições de controle acompanhar de perto os desdobramentos dessa situação, garantindo que o processo eleitoral seja justo e transparente, e que os responsáveis por possíveis abusos sejam devidamente punidos.

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