A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (12) uma megaoperação batizada de Ita Yubá — que significa “rio de ouro” em tupi — para combater um esquema de extração e comercialização ilegal de ouro e outras pedras preciosas. A ação resultou no cumprimento de 31 mandados de busca e apreensão em oito estados brasileiros e no Distrito Federal.
📍 Estados e cidades alvo da operação:
- Goiás: Goiânia, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Uruaçu
- Pará: Capanema, Cumaru do Norte
- Mato Grosso: Pontes e Lacerda
- Maranhão: Luís Domingues
- Tocantins: Palmas
- Minas Gerais: Uberlândia
- São Paulo: São José do Rio Preto
- Distrito Federal: Brasília
💰 Esquema milionário
Segundo as investigações, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 200 milhões com a extração, transporte e venda clandestina de minérios. O ouro era retirado de áreas sem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) e sem licenciamento ambiental. Posteriormente, o metal era fundido e transformado em barras para abastecer empresas do setor de joias, principalmente em São Paulo.
🔍 O que foi apreendido:
- Barras de ouro
- Dinheiro em espécie
- Armas de fogo
- Veículos de luxo
- Imóveis, fazendas e duas aeronaves, que foram sequestrados pela Justiça
🧪 Investigações em andamento
A operação é uma continuação da Operação Sólidos, iniciada há cerca de dois anos. Na primeira fase, a PF identificou garimpeiros atuando ilegalmente em leitos de rios no norte de Goiás. A análise de celulares apreendidos revelou uma rede criminosa com atuação nacional, especializada em transformar ouro bruto em barras para venda clandestina.
O delegado Sandro Paes Sandre, chefe da Delegacia do Meio Ambiente da PF em Goiás, afirmou que a organização utilizava laboratórios clandestinos para fundição do ouro — um deles foi localizado no fundo de uma empresa em Goiás, e outros dois foram encontrados em Goiânia e Tocantins.
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