O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou ser internado às pressas nesta sexta-feira (11/4) após passar mal e sentir fortes dores na região do abdômen.
Ele participava de um evento na cidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, e foi atendido no Hospital Municipal Aluízio Bezerra. Na sequência, ele foi transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, localizado em Natal, a capital do Estado.
Segundo relatos de pessoas próximas a Bolsonaro, ele já reclamava de incômodos intestinais nos últimos dias.
O médico do ex-presidente, Antônio Luiz Macedo, disse à CNN que Bolsonaro apresentou, além das dores, dificuldades para comer e na digestão, por conta de uma distensão intestinal. O quadro se caracteriza por um inchaço no abdômen, que pode ser derivado de uma inflamação.
A expectativa da equipe médica é resolver o problema com dieta e medicamentos, mas não está descartada uma nova cirurgia.
Macedo está preparado para viajar ao Rio Grande do Norte, caso seja necessária uma intervenção cirúrgica, mas disse também que Bolsonaro pode precisar ser transferido para São Paulo.
Luiz Roberto Fonseca, médico do Hospital Rio Grande, para onde Bolsonaro foi transferido em Natal, afirmou que não há, por enquanto, nenhuma evidência de que ele precisará passar por nova cirurgia.
“Por enquanto, não há necessidade de cirurgia”, disse Fonseca. “Ele tem uma distensão abdominal, mas não tem sinais clínicos da necessidade de intervenção cirúrgica”, afirmou, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
No primeiro boletim médico divulgado nesta tarde, o Hospital Rio Grande informou que Bolsonaro “encontra-se hospitalizado, com parâmetros vitais estáveis, recebendo hidratação venosa, profilaxia antibacteriana e realizando exames laboratoriais complementares”.
Ainda conforme o centro hospitalar, o ex-presidente “está clinicamente orientado e sem dor após analgesia e, a depender dos resultados dos exames de imagem, será discutida, em comum acordo com a família, a necessidade de eventual remoção para outros centros especializados”.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, utilizou a imagem de Bolsonaro em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nesta sexta-feira, para exaltar o programa, implantado em 2003, durante o primeiro mandato de Lula (PT).
“Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o SAMU 192! Atendimento de urgência para salvar vidas de norte a sul. Criado pelo presidente Lula, para todos os brasileiros, cada vez maior e mais rápido! Viva o SUS!”, escreveu Padilha em publicação no X (antigo Twitter).
Mais cedo, o helicóptero que transportou Bolsonaro entre Santa Cruz e Natal foi cedido pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
Desde que foi vítima de um atentado a faca na campanha das eleições de 2018, o ex-presidente teve alguns episódios de obstrução intestinal — quando um trecho desse órgão sofre um bloqueio — e precisou ficar internado para fazer tratamentos.
Ele já passou por cinco cirurgias abdominais, três delas delicadas, segundo sua equipe médica.
Bolsonaro tem participado de campanhas e eventos públicos que defendem a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2024 em Brasília.
Recentemente, ele próprio se tornou réu e será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Entenda a seguir o que é a obstrução intestinal e por que ela costuma acontecer em casos como o de Bolsonaro.
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