Os professores das universidades e institutos federais decidiram continuar a greve após uma nova reunião com o governo Lula (PT) nesta sexta-feira (14). A paralisação, que já dura dois meses, afeta 61 instituições em todo o país. Apesar de reconhecerem a disposição dos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e da Educação em negociar, os servidores permanecem insatisfeitos.
Durante a reunião, que começou às 10h, o governo propôs a revogação da portaria 983, que aumenta a carga horária dos docentes, e a criação de um grupo permanente de trabalho para discutir a reestruturação da carreira acadêmica. No entanto, não foi apresentada uma proposta de reajuste salarial para 2024. Diante disso, os professores, representados pelo Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), decidiram manter a paralisação.

O sindicato reivindica aumentos de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026, enquanto o governo oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. As propostas serão discutidas em assembleias nas universidades na próxima semana, onde os docentes decidirão se são suficientes para encerrar a greve.Além disso, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio das instituições federais, com R$ 279,2 milhões destinados às universidades e R$ 120,7 milhões para os institutos federais. Com isso, o orçamento de 2024 para os centros de ensino chega a R$ 6,38 bilhões, superando os R$ 6,26 bilhões de 2023. O novo programa também prevê a construção de dez novos campi em diferentes regiões do país.
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